Hormônios e Exercício Físico
Os hormônios são substâncias químicas sintetizadas por glândulas específicas que penetram na corrente sanguínea e são transportados por todo o corpo. Essas substâncias têm funções variadas e regulam diversas funções do corpo. Provavelmente você já ouviu falar de hormônios como a insulina, cortisol, testosterona, entre outros, porém você sabia que o exercício físico é capaz de criar alterações tanto positivas quanto negativas em alguns hormônios?
Neste texto, iremos comentar como funciona o sistema endócrino e
a relação com o exercício físico!
Funções dos hormônios:
- Alguns hormônios atuam como espécie de mensageiro químico, transportando informações entre as células.
- Outros agem com função de regular órgãos e regiões do corpo.
Glândulas:
- Algumas das principais glândulas secretoras de hormônios que podemos citar são:
- Hipotálamo
- Hipófise
- Tireóide
- Pâncreas
- Glândulas Mamárias
- Suprarrenais
- Testículos
- Ovários
Como os hormônios podem ser estimulados?
- Estimulação humoral: As oscilações nos níveis de íons e nutrientes estimulam a liberação de hormônios.
- Estimulação Neural: A atividade neural afeta a liberação de hormônios.
- Estimulação hormonal: Os hormônios influenciam a secreção de outros hormônios.
A atividade física aciona mecanismos neurais, por exemplo, afetando a ativação do hipotálamo e do sistema nervoso simpático, que reduz a liberação de insulina a fim de atenuar qualquer declínio adicional no açúcar sanguíneo e garantir carboidrato suficiente para a atividade.
Como os hormônios agem?
Os hormônios, ao interagirem com o tecido alvo, podem afetar a função celular daquelas células, através da alteração a permeabilidade da célula-alvo a uma determinada substância química (p. ex., o efeito da insulina sobre a captação celular da glicose) ou então modificando a capacidade da célula-alvo em fabricar substâncias intracelulares, principalmente proteínas, por exemplo.
Alguns dos principais hormônios e a interação com Exercício físico:
1. Hormônio do crescimento (GH)
O GH exerce uma atividade fisiológica generalizada, pois promove a divisão e a proliferação das células em todo o corpo.
A maior liberação de GH beneficia o crescimento e a remodelagem do músculo, do osso e do tecido conjuntivo. Otimiza também a mistura de combustíveis durante a atividade física, reduzindo principalmente a captação tecidual de glicose.
A atividade física intensa, de duração relativamente curta estimula uma elevação acentuada na amplitude do pulso de GH e na quantidade de hormônio secretada em cada pulso. Uma hipótese sugere que a atividade física estimula diretamente a liberação de GH , que por sua vez estimula os processos anabólicos.
O treinamento de resistência em homens faz aumentar a frequência e a amplitude da secreção de testosterona e de GH, criando assim um meio ambiente hormonal favorável ao crescimento muscular (hipertrofia).
2. Cortisol
A secreção de cortisol aumenta com o estresse, fato que o tornou conhecido como o hormônio do “estresse”. Apesar de ser considerado um hormônio catabólico, o efeito mais importante do cortisol se opõe à hipoglicemia e, portanto, é essencial para a vida. O cortisol, afeta o metabolismo da glicose, das proteínas e dos ácidos graxos livres.
A maioria das pesquisas indica que a produção de cortisol aumenta com a intensidade do exercício; essa produção exacerbada acelera a lipólise, a cetogênese e a proteólise. Níveis extremamente altos de cortisol ocorrem após uma atividade física de longa duração, como a
corrida de maratona ou atividades de sustentação de peso e treinamento de resistência.
3. Testosterona
A testosterona contribui para as diferenças entre homens e mulheres na massa e força musculares que se manifestam por ocasião do início da puberdade e é produzida pelos testículos nos homens. A concentração plasmática de testosterona funciona comumente como um marcador fisiológico do estado anabólico. Além de seus efeitos diretos sobre a síntese do tecido muscular, a testosterona afeta indiretamente o conteúdo proteico das fibras musculares promovendo a liberação do GH.
Nos homens não treinados, o exercício de força e a atividade aeróbica moderada elevam os níveis de testosterona após 15 a 20 min.
O treinamento de força a longo prazo em homens faz aumentar os níveis de repouso da testosterona, o que se correlaciona com o padrão de aprimoramento da força observado com o passar do tempo.
Porém, atletas de endurance (aeróbico de longa duração) do sexo masculino em geral mantêm seus níveis de repouso de testosterona entre 60 e 85% dos valores para homens sedentários.
4. Insulina
A insulina regula a entrada de glicose em todos os tecidos (principalmente células musculares e adiposas). Dessa maneira, a insulina regula o metabolismo da glicose.
Durante o exercício os níveis de insulina sanguínea diminuem. A concentração de insulina reduzida, abaixo dos valores de repouso, com a maior duração ou intensidade, resulta dos efeitos inibitórios de liberação de catecolaminas induzida pelo exercício.
É comum pessoas com diabetes terem resistência a esse hormônio. Após a realização de atividades físicas, ocorrem os benefícios em relação a resistência à insulina, pois as células diminuem a resistência à esse hormônio e também melhoram a capacidade de transportar a glicose para dentro através de outra via metabólica.
Do ponto de vista de saúde, a concentração desse hormônio e a capacidade das células de reagirem a ele, promove diminuição de glicemia e portanto o riscos sintomas de diabetes. Com treino de força, cada aumento adicional de 10% na massa do músculo esquelético está associado a uma redução de 11% na resistência à insulina e a um risco 12% menor de diabetes transicional, pré-diabetes ou diabetes melito.
Outros hormônios
Além dos hormônios citados, o exercício também consegue influenciar hormônios como as catecolaminas, Antidiurético, Prolactina, ACTH, assim como substâncias como as endorfinas.
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