Não é só um hábito feminino, mas a grande maioria que possui o costume de manter as pernas cruzadas por longos períodos, são mulheres. Esse comportamento é comum e culturalmente vem de muito tempo. Porém, estudos e pesquisas vem apontando os malefícios dessa postura.

A começar pelas articulações. Você já ficou muito tempo com as pernas cruzadas e chegou a sentir sensação de formigamento? Se sim, foi um aviso do seu corpo pedindo a mudança de posição.

Quando ficamos muito tempo com as pernas cruzadas, colocamos muita pressão sobre o nervo peroneal, que fica atrás dos joelhos. Ficar todos os dias nesta mesma posição pode gerar uma paralisia nervosa peroneal. Além disso, há um aumento da pressão sanguínea nessa região, resultando em uma maior quantidade de sangue bombeada pelo coração. Você já deve ter percebido que quando um médico vai examinar nossa pressão, ele pede para descruzarmos as pernas, não é? E se você é hipertenso ou tem propensão a desenvolver coágulos sanguíneos esse hábito pode se agravar ainda mais.

Quem tem essa propensão deve evitar ficar longos períodos de pernas cruzadas pois as alterações no fluxo sanguíneo aumentam o risco de trombose.

Um estudo apontou que as pessoas que costumam cruzar as pernas ao se sentar por mais de três horas por dia têm tendência mais a se curvar para frente, forçando ombros e coluna. Esse problema acontece com a maioria das pessoas que cruzam as pernas, no entanto, o estudo também apontou que se a pessoa sentar com as costas eretas enquanto está de pernas cruzadas, os problemas estruturais são compensados.

São tanto os estudos e pesquisas que poderíamos aqui elencar inúmeros comprovando os problemas gerados para a postura, articulações e circulação sanguínea.

O hábito regular de sobrepor uma perna na outra pode colocar o corpo em uma posição que não é natural.

Em 2016, o Journal of Physical Therapy Science, conduziu uma pesquisa em 30 adultos sobre o tema e pode parecer exagero, mas o resultado apontou que ficar pernas cruzadas habitualmente e por longos períodos pode provocar escoliose, diminuir o tamanho do tronco e causar deformidades na coluna.

Você pode não perceber, mas ao longo do tempo, o corpo começará a dar sinais e se o hábito não for evitado, poderá trazer grande incômodo e necessidade em tratamentos especializados.

 

 

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